Fernando Calmon |
Embora o mercado tenha caído cerca de 40% em relação a 2015, na amostragem
dessa estatística, alguns segmentos sofreram mais. Crossovers (-58%), médios-grandes
(-46%) e stations (-43%) são exemplos. Já a chegada da Fiat Toro (que carrega
até uma tonelada) sacudiu as picapes médias. Além de desafiar a nova líder
Hilux, ajudou a manter as vendas do segmento estáveis. Já os SUVs pequenos
tiveram aumento explosivo de vendas de 37% em razão de HR-V e Renegade.
Entre os SUVs médios-grandes e grandes houve revisão de enquadramento em razão
de novo critério para distâncias entre eixos (2,80 m é referência de corte, no
caso). Os demais segmentos permanecem sem alteração.
A classificação da Coluna soma hatches e sedãs da mesma família,
independentemente do nome do modelo. Sedãs com entre-eixos de significativa
diferença classificam-se à parte (Grand Siena, Logan, Etios e outros). A base é
a do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores). São citados apenas os
modelos mais representativos e pela importância do segmento. Dados compilados
por Paulo Garbossa, da consultoria ADK.
Compacto: Onix/Prisma, 18%; HB20 hatch/sedã, 15%;
Ka hatch/sedã, 8,3%; Gol/Voyage, 8,2%; Palio/Fire/Siena, 6%; Fox, 5%; Sandero,
4,9%; Up!, 3,7%; Uno, 3,4%; Etios hatch, 3%; Grand Siena, 2,8%; Etios sedã,
2,5%; Cobalt, 2%; Logan, 1,8%; Versa, 1,7%; Fiesta hatch/sedã, 1,68%; March,
1,65%; City, 1,55%; Classic, 1,54%; Clio, 1,51%; Mobi, 1,2%; C3/DS3, 1,1%.
Dupla Onix/Prisma aumenta participação.
Médio-compacto: Corolla, 40%; Civic, 11%;
Golf/Jetta, 9%; Cruze hatch/sedã, 7%; Focus hatch/sedã, 6%; Sentra, 5%;
Fluence, 3,2%; A3 hatch/sedã, 3,1%; C4 Lounge, 2,8%. Corolla continua a acelerar.
Médio-grande: BMW Séries 3/4, 27%; Fusion, 26%;
Mercedes Classe C, 24%. Líder por muito pouco.
Grande: Mercedes Classe E/CLS, 37%; BMW Série 5/6,
25%; Jaguar XF, 15%. Mercedes volta a liderar.
Topo: Mercedes Classe S, 54%; Chrysler 300C, 15%;
BMW Série 7, 11%. Classe S reforça posição.
Esporte: Boxster/Cayman, 26%; 911, 23%; BMW Z4,
17%. Porsches dominam.
Station: Weekend, 61%; SpaceFox, 24%; Golf
Variant, 10%. Weekend ainda mais à frente.
SUV compacto: HR-V, 32%; Renegade, 27%; EcoSport,
13%. HR-V defende bem sua posição.
SUV médio-compacto: ix35/Tucson, 44%; Outlander,
10%; Sportage, 7%. Liderança folgada.
SUV médio-grande: SW4, 50%; Pajero Full/Dakar,
14%; XC60, 10%. Sem ameaça ao líder.
SUV grande: Trailblazer, 17%; BMW X5/X6, 15%;
Range Rover Sport/Vogue, 14%. Boa briga.
Monovolume pequeno: Fit, 46%; Spin, 34%; C3
Aircross, 12%. Fit não perde.
Crossover: ASX, 54%; Range Rover Evoque, 24%;
Freemont/Journey, 19%. Liderança inconteste.
Picape pequena: Strada, 49%; Saveiro, 32%; Oroch,
11%. Strada se eterniza.
Picape média: Hilux, 27%; Toro, 25%; S10, 17%.
Líder sob forte ameaça.
RODA VIVA
BALANÇO semestral de 2016 das vendas de automóveis
e veículos comerciais leves e pesados, feito pela Anfavea, indica que a queda
acentuada começa a amenizar. No conjunto da indústria o recuo chegou a 25% em
relação ao mesmo período de 2015. Até o final de 2016 a entidade espera que se
limite a 19% menos sobre o ano passado ou 2 milhões de unidades. Estoques baixaram
de 41 para 39 dias (junho sobre maio).
COMO parte das comemorações dos 40 anos de
inauguração de sua fábrica no Brasil, a Fiat anuncia o projeto Futuro das
Cidades. A ideia é aprofundar os estudos sobre economia colaborativa, descobrir
problemas que ainda possam vir e pesquisar soluções de mobilidade para as
cidades brasileiras. Lançará, brevemente, uma plataforma aberta que aceitará
sugestões de qualquer fonte.
TOYOTA decidiu impulsionar no Brasil a Lexus, sua
marca de luxo. Aposta inicial é no RX 350, um SUV médio-grande que aproveita a
mesma arquitetura do Camry. O estilo é audacioso, principalmente a grade
dianteira em formato de carretel. Destacam-se conforto de marcha, sistema 4x4
moderno, acabamento de primeira qualidade e central multimídia de 12,3 pol.
Preços: R$ 337.350 a 352.950. A marca acredita que terá mais espaço agora para
crescer.
TROCAR o motor seis cilindros aspirado por um de
quatro cilindros turbo, mantendo configuração boxer, tornou o Porsche Boxster e
sua versão S um roadster ainda mais instigante para guiar. Além de menor peso,
houve ganho de potência e torque (versão S, agora, com 350 cv e robustos 42,8
kgf.m), melhora no desempenho e diminuição de consumo de combustível. Rodas
traseiras têm até 10 pol. de largura. Preços entre R$ 368.000 e 466.000.
CORREÇÃO: o motor Ford 1 L EcoBoost é importado de
Craiova, na Romênia, e não de Cracóvia, na Polônia.
PERFIL
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
Fernando Calmon (fernando@calmon.jor.br), jornalista especializado desde 1967, engenheiro, palestrante e consultor em assuntos técnicos e de mercado nas áreas automobilística e de comunicação. Sua coluna automobilística semanal Alta Roda começou em 1999. É publicada em uma rede nacional de 85 jornais, sites e revistas. É, ainda, correspondente no Brasil do site just-auto (Inglaterra).
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