Única equipe com vagas em aberto para o Campeonato
Mundial de F-1 de 2015, a McLaren deveria ter anunciado ontem seus dois pilotos
para a próxima temporada. Deveria: a decisão foi postergada e, dessa forma
aumentou a angústia de pelo menos três pilotos: o inglês Jenson Button, o
dinamarquês Kevin Magnussen e o belga Stoffel Vandoorne. Todos eles são
cogitados como possíveis companheiros de Fernando Alonso, que se desligou da
Ferrari, onde foi substituído por Sebastian Vettel. No ano que vem a equipe que
já teve os brasileiros Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna voltará a usar os
motores Honda, que a exemplo do que aconteceu com Ayrton, seria responsável por
parte significativa do salário do espanhol.
As razões para prolongar o anúncio dos seus dois
pilotos parece ir além das qualidades e potencial dos candidatos: circulam
rumores que Ron Dennis busca, com relativa urgência, levantar recursos que lhe
dariam o controle acionário do grupo McLaren. A operação envolve soma
considerável de dinheiro — fala-se em US$ 300 milhões — e pode ter a
participação de empresas dinamarquesas, detalhe que certamente pesaria a favor
da manutenção de Magnussen. Outros, como Jackie Stewart, mencionaram que a
escolha terá o dedo de Fernando Alonso, que certamente não gostaria de ter um
nome capaz de lhe fazer sombra ou atrapalhar a condição de primeiro piloto
absoluto.
Marussia em ritmo de black
Friday
Fato
comum na Inglaterra, a Marussia viverá momentos definitivos em sua apagada
participação na F-1 dentro de duas semanas: nos dias 16 e 17 haverá o leilão
dos bens da equipe que, mesmo marcando dois pontos na temporada deste ano e
ficando à frente da Sauber e da Caterham, foi vítima da crise que assola a
categoria. Para quem se interessar e quiser dar um presente especial de Natal, clique
aqui para
ver os itens que serão leiloados. Carros de F-1 sem motor, caminhões, uniformes
de pilotos e mecânicos, ferramentas e equipamentos de ponta fazem parte dessa
lista.
Embora oito pilotos
chegassem à prova final do campeonato de 2014 com chances ao título, os
paulistas Átila Abreu e Rubens Barrichello concentraram a disputa na prova
realizada domingo em Curitiba (PR) e marcada por vários acidentes
espetaculares. Barrichello largou na pole position mas perdeu a ponta para
Daniel Serra, que dominou a prova, e em seguida foi superado também por Abreu.
A longa experiência na F-1 (onde a metodologia e recursos de ponta são
marcantes), a motivação extra que ele trouxe para a Scuderia 111, uma
equipe com gana de se estabelecer entre os melhores da categoria, e um bom
apoio financeiro, formaram a base dessa conquista, primeiro campeonato que
Rubinho vence desde que triunfou na F-3 inglesa em 1991, então com 19 anos.
Piloto e equipe conseguiram seus primeiros títulos na categoria. Atualmente com
42 anos, Barrichello está mais maduro e ajuda a promover a Stock Car
brasileira, onde é sem dúvida o nome mais popular do momento.
Disputado em formato inédito que permitiu a disputa de
duas provas em nove de suas 12 etapas, o certame de 2014 viu também uma
profusão de novos vencedores e novos valores surgindo na categoria, grupo que
inclui Felipe Fraga, que estreou com pole position e vitória em Interlagos-,
Rafael Suzuki e Vitor Genz. Entre os que subiram ao degrau mais alto do pódio
pela primeira vez incluem-se Galid Osman, Júlio Campos, Rafa Matos e Sérgio
Jimenez. A Stock Car entra em recesso até 8 de fevereiro, quando haverá treinos
livres no autódromo de Curitiba; o campeonato inicia-se em 22 de março, em
Goiânia (GO). O resultado da temporada deste ano você pode ver aqui.
Porsche volta a vencer
Nome consagrado nas provas de resistência, a Porsche
conseguiu em Interlagos sua primeira vitória desde seu retorno oficial à
categoria: após seis horas de competição o modelo 919 Hybrid pilotado por Neel
Jani, Romain Dumas e Marc Lieb completou as 249 voltas à frente do Toyota TS040
tripulado por Anthony Davidson e Sébastien Buemi. Na última rodada de paradas
no box o carro japonês recebeu pneus macios para tentar uma ultrapassagem sobre
o protótipo alemão, mas um acidente com o modelo similar pilotado por Mark
Webber (em equipe com Timo Bernhard e Brendon Hartley) acabou forçando a
entrada do Safety Car e a conseqüente neutralização da prova. Levado ao centro
médico do autódromo e posteriormente transferido ao Hospital Bandeirantes, o
piloto australiano segue sob observação e deverá ter alta na sexta-feira. O
italiano Matteo Cressoni, que pilotava o Ferrari atingido pelo Porsche de
Webber na subida do box antigo (trecho hoje conhecido como Curva do Café),
também foi transferido ao hospital mas foi liberado na tarde de ontem.
Resultado
final da Le Mans 6 Horas de São Paulo:
1) Neel Jani, Romain Dumas, Marc Lieb (Porsche Team/LMP1), 249 voltas; 2)
Anthony Davidson, Sébastien Buemi (Toyota Racing/LMP1), a 0s170; 3) Tom
Kristensen, Loic Duval, Lucas Di Grassi (Audi Sport Team Joest/LMP1), a 1
volta; 4) Stéphane Sarrazin, Alexander Wurz, Mike Conway (Toyota Racing/LMP1);
5) Benoit Tréluyer, André Lotterer, Marcel Fässler (Audi Sport Team
Joest/LMP1); 6) Matthew Howson, Richard Bradley, Alexandre Imperatori (KCMG/LMP2),
a 24 voltas
WG
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