A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos
Automotores divulgou ontem (4), o desempenho do setor automotivo no mês de
junho e do 1º semestre de 2016.
Para o Setor da Distribuição de Veículos no geral
(automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos
rodoviários e outros) o mês de junho apresentou retração de 0,41% em relação a
maio (263.570 unidades em junho, contra 264.645 no mês anterior). Na comparação
entre os meses de junho 2016 e o mesmo mês de 2015, o setor teve queda de
19,05%.
De acordo com a Fenabrave, no acumulado do ano, houve
queda de 21,51% para todos os setores somados. No primeiro semestre de 2016
foram emplacadas 1.592.746 unidades, contra 2.029.279 no mesmo período de 2015.
Em recuperação
Com um dia útil a mais, os segmentos de automóveis e
comerciais leves, somados, apresentaram alta de 2,62% em junho em relação ao
mês anterior. Foram emplacadas 166.410 unidades, contra 162.161 em maio de
2016. Se comparado com junho do ano passado (204.606 unidades), o resultado
aponta queda de 18,67%. No acumulado do ano, esses segmentos caíram 25,09%.
Foram comercializadas 951.206 unidades no 1º semestre de 2016, contra 1.269.817
no mesmo período de 2015.
Também o segmento de caminhões apresentou aumento de
3,15% em junho, atingindo 4.188 unidades contra 4.060 em maio. No acumulado do
semestre, no entanto, o setor caiu 31,99%.
Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Jr. a
recuperação ainda é pequena e sem grandes oscilações, situação que deve
permanecer até a definição do cenário político nacional. “Já estamos notando
uma melhora nos índices de confiança, tanto por parte de consumidores como de
investidores, mas não imaginamos grandes mudanças nos dados do setor até que o
cenário político se defina. Os números do setor apontam que retornamos uma
década em resultados de vendas”, declarou.
Apesar de a economia dar sinais de recuperação, o
desemprego ainda ameaça a população, afetando, principalmente, os consumidores
de motocicletas. Esse segmento apresentou queda de 6,4% em junho sobre maio,
caindo 14,76% no semestre. “A base da pirâmide de consumo tem sido a mais
afetada, razão pela qual os índices de vendas de motos ainda não mostram sinais
de retomada”, avaliou o presidente da Fenabrave.
Ainda em compasso de espera por definições políticas, a
Fenabrave não alterou suas projeções para o ano, mantendo em -15,04% a retração
esperada para o setor em geral e chegando a -20% para automóveis e comerciais
leves, -5% para motocicletas, -23% para caminhões e -8,5% para implementos
rodoviários. “Essas projeções já consideram uma melhora no quadro geral da
economia e do setor, pois, se os dados se mantivessem como no início do ano, os
resultados seriam piores”, conclui Assumpção Júnior.
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