A aparência delicada contrasta com o esforço físico que a
profissão exige, mas a mecânica de máquinas agrícolas Ana Kelli Viudes tem
conquistado a confiança dos clientes e a admiração dos colegas de trabalho.
Ela
faz parte da equipe de mecânicos da Agritex, concessionário Case IH que atende
os clientes da região de Querência, no Mato Grosso. Em todo o país, aproximadamente
120 mulheres trabalham na área de pós-venda da rede Case IH, dez delas
diretamente nas oficinas.
Além de enfrentar o duro dia a dia na oficina, elas
também dão conta do recado quando precisam se deslocar para fazer a manutenção
dos equipamentos em campo. “Tem cliente que fica desconfiado, mas quando vê o
resultado do trabalho percebe que, apesar de ser um serviço considerado
masculino, pode ser feito tanto por homens quanto por mulheres”, afirma Ana.
Ana diz que sempre gostou da área agrícola. Durante cinco
anos, enquanto trabalhava de diarista, investiu em cursos que pudessem
prepará-la para as oportunidades na área. Antes de se tornar mecânica, foi
operadora de máquina agrícola durante seis anos e de equipamentos de
terraplanagem por mais dois anos.
O aprendizado para atual função, na qual ela atua há um
ano, começou com cursos básicos de mecânica hidráulica e mecânica elétrica e
continua sendo aprimorado todos os dias na prática. Atualmente, uma das
máquinas que Ana mais gosta de consertar é o pulverizador. “Tenho paixão pelo
que faço e muita curiosidade por motores”, declara.
Além da preocupação constante com o desenvolvimento
técnico, o diretor da Agritex, Gerson Garbuio, já percebeu que outras
características da funcionária podem estar fazendo a diferença no trabalho na
oficina da concessionária. “Geralmente, as mulheres são mais cuidadosas com as
ferramentas e com o manuseio das peças, e o cliente repara nisso”, conclui.
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