terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Automobilismo: Mesmo com o dólar alto, correr nos EUA ainda é mais barato do que no Brasil



A primeira impressão causada nos pilotos brasileiros pelo aumento do dólar é que correr fora do país, em especial nos EUA, tornou-se um mal negócio. Na ponta do lápis, no entanto, a realidade é bastante diferente, principalmente se as provas escolhidas forem as de turismo. A comprovação vem de uma análise de ofertas de provas realizadas na Flórida, por exemplo, em que o custo por corrida é inferior ao de competições nacionais com equipamento semelhante. 

O Team Ginetta USA, dono de uma frota de 14 modelos ingleses de competição da marca homônima, é uma das principais equipes de automobilismo da costa leste norte-americana e oferece a seus clientes benefícios que não podem ser encontrados em nenhuma categoria nacional. Entre eles estão a oportunidade de pilotar carros produzidos especialmente para competições, por um dos fabricantes mais respeitados do mundo.

"Como competimos muito tempo no Brasil antes de criar a estrutura norte-americana, tivemos sempre a preocupação de oferecer aos nossos pilotos, principalmente aos brasileiros, algo melhor do que poderia ser encontrado no país. Ao longo das três temporadas completas que disputamos com a equipe, tivemos muitas oportunidades de melhorar ainda mais o projeto original, e o resultado isso foi a conquista de cinco títulos e de dois vice-campeonatos neste período", disse Adolpho Rossi, fundador do time. O Team Ginetta USA já teve em sua lineup de pilotos nomes como Cacá Bueno, Felipe Fraga e Nonô Figueiredo.

Valores em Reais ¬- Se a cotação do dólar frente ao Real estivesse nos níveis de 2014, não seria exagero dizer que a participação em provas nos EUA com os modelos Ginetta seria uma verdadeira pechincha. A proporção de quatro para um reduziu os benefícios oferecidos pelas categorias norte-americanas, mas não os extinguiu por completo. A nova realidade de mercado exigiu a implementação de um projeto de redução de custos por parte da Ginetta USA, e o resultado foi a manutenção da competitividade na disputa pelo público brasileiro.

"Para competir na Flórida nossos pilotos investem entre 36 e 50 mil dólares por ano para um acordo de seis corridas. Isso significa algo entre R$ 145 e R$ 200 mil para a disputa de um campeonato que tem provas de três, quatro horas de duração cada onde normalmente correm dois pilotos por carro. É quase o que se gasta para correr em um torneio estadual no Brasil, mas com um quilômetro rodado bem mais barato e com a vantagem de serem corridas internacionais, com carros rápidos e seguros como os Ginetta", completou Alline Cipriani, esposa de Rossi e co-fundadora da equipe. "Caso o piloto dispute apenas uma das seis provas, o investimento por etapa varia de R$ 30 mil a R$ 40 mil", acrescentou.

Segunda etapa da temporada ¬- No último fim de semana o Team Ginetta USA esteve no circuito de Homestead, na Flórida, para a segunda etapa da temporada 2015/2016 do FARA (Formula & Automobile Racing Association). A prova, denominada Homestead 500, é uma das mais clássicas do ano por utilizar o circuito misto da pista da Flórida, aproveitando as curvas 3 e 4 do oval onde são realizadas provas da Nascar. O Ginetta G55 conduzido por Rafa Matos, Adolpho Rossi e Paulo Totaro fechou a disputa no pódio, ficando em segundo na classe MP-1B e em sétimo na classificação geral. A próxima etapa do FARA está marcada para o dia 3 de abril, no evento denominado Spring Challenge.

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