Zé
Hélio levou a bandeira brasileira ao lugar mais alto do pódio na corrida Vegas
to Reno, nos Estados Unidos. O piloto e o navegador João Dantas foram campeões
entre os carros da categoria 1800 Sport Pro Truck, após 869 quilômetros de
desafios pelo deserto na prova off-road mais longa do território
norte-americano. A largada foi em Las Vegas na última sexta-feira e a chegada,
em Reno, Nevada, neste sábado. “Fomos recebidos pelo organizador da prova
agitando a bandeira brasileira na chegada. Foi uma das corridas mais incríveis
que eu participei”, revelou o experiente Zé Hélio, cinco vezes campeão do Rally
dos Sertões a bordo de motocicletas, que já correu em eventos como o Rally
Dakar e o Australasian Safari Rally. “A Vegas to Reno é uma corrida muito dura,
com uma mescla de tudo o que você pode encontrar no deserto”, resumiu. Ele
acelerou uma Pro Truck de 245 HP da equipe VORE.
“Passamos por muita pedra, rios secos e fesh fesh. Foi um desafio de muita
velocidade, dificuldades, desafios e perigos constantes. O mais interessante é
que largamos quase ao meio-dia e a corrida segue noite adentro. Foi incrível
pilotar à noite, e o navegador João Dantas teve suma importância para essa
vitória”, continuou.
Zé Hélio ressaltou os bastidores do evento. “Fomos incrivelmente bem recebidos pelos norte-americanos, que também nos saudaram no briefing de abertura. O que eu vi foi um exemplo de competição, com uma organização eficiente e preocupada com a segurança e principalmente com a diversão de todos. As máquinas são fantásticas, das mais simples até as mais avançadas”, explicou, destacando ainda a consciência dos competidores.
“Mesmo com o espírito de disputa aguçado,
a educação dos norte-americanos dentro e fora das pistas é algo a ser seguido.
Um exemplo foi a questão das ultrapassagens, com a qual temos muitos problemas
no Brasil mesmo havendo o rádio para avisar o competidor da frente que queremos
avançar. Aqui não existe a comunicação de rádio entre os carros, mas durante a
corrida se alguém percebe que foi alcançado imediatamente cede passagem, sem
hesitar por nem meio quilômetro”, concluiu o piloto.
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