As estudantes Kerollyn Loraine, Luana Almeida Gomes e
Vitória Bonfim da Silva foram as vencedoras do primeiro Desafio Automotivo
Estudantil Honeywell/SAE para alunos do curso fundamental, promovido pela
Honeywell Transportation Systems, em parceria com a SAE.
Com mãos de fada e a
sensibilidade feminina, elas construíram o “Funny Toys”, inspirado no desenho
infantil da Penélope Charmosa, e entusiasmaram um júri formado por professores
da Escola Estadual Professora Zilda Romeiro Pinto Moreira, do Jardim Presidente
Dutra, e engenheiros da Honeywell, fábrica de turbos Garrett.
O concurso reuniu nove equipes de jovens com idade entre
11 e 14 anos, estudantes da oitava e nona séries do curso fundamental e o trio
vencedor irá disputar o título mundial, em competição on-line, com estudantes
da China, Eslováquia, Estados Unidos, França, México e República Checa, onde a
Honeywell possui fábrica ou centro de pesquisa.
Em segundo lugar classificou-se o projeto King of Gears -
Carro Delorean e em terceiro o Advanced Group - Ônibus Turbina Garrett. Na
próxima fase, os melhores trabalhos de cada país serão apresentados na página
do Facebook da companhia e receberão os votos que decidirão o primeiro lugar.
Foi a primeira vez que o Brasil participou do Desafio
Automotivo Estudantil, Honeywell/SAE, que já chegou à sua oitava edição, mas os
28 trabalhos apresentados pelos jovens surpreenderam professores e engenheiros.
O objetivo do concurso é despertar o interesse dos estudantes pela engenharia,
utilizando conhecimentos de matemática, física, artes e até do idioma inglês no
processo de desenho de um carro motorizado incluindo a identificação das
necessidades do mercado. O trabalho envolveu o desenho do carro, pesquisa de
mercado, produção do modelo, testes de funcionamento e apresentação do produto
final para os juízes.
O diretor-geral da Honeywell, Christian Streck, salientou
a satisfação de ter a unidade brasileira no concurso por se constituir numa
tradição da empresa em programas de responsabilidade social, com diferentes
ações que beneficiam as comunidades nas quais mantém atividades, por intermédio
de trabalhos voluntários com os mais diferentes objetivos.
Streck explicou, também, que os responsáveis pelo
programa elegeram uma escola na comunidade em que a empresa está inserida e
desenvolveu um trabalho voluntário muito forte. “Como a nossa empresa é focada
em tecnologia, quisemos fomentar nos estudantes o interesse pela engenharia,
matemática, física e ciências e esse projeto foi a maneira que encontramos para
fazer uma parceria com a escola. Os jovens tiveram a oportunidade de entender a
importância prática do conhecimento que adquiriram na escola e a sua
aplicabilidade na vida diária. Também tivemos a preocupação de identificar uma
escola no município de Guarulhos para dar um retorno para a sociedade onde a
empresa está inserida”, acrescentou Streck.
Para Maria Aparecida Rodrigues, diretora da E.E.
Professora Zilda Romeiro Pinto Moreira, é muito importante para os centros de
ensino iniciativas vindas de empresas. “Os executivos da Honeywell estiveram aqui
para apresentar o projeto aos professores e à direção. Ao analisarmos, vimos o
potencial do programa para o desenvolvimento dos alunos e ficamos felizes pela
importância para o aprendizado dos jovens e felizes por sermos os
representantes do Brasil no projeto. Eles tiveram a oportunidade de despertar
para algo grande, como entender e conhecer uma multinacional e sentir que, se
estudarem, podem ter a oportunidade de fazer parte de uma empresa como a
Honeywell, com aproveitamento por intermédio de programas de captação de jovens
ou de estagiários”, ressaltou.
O programa
O concurso contou com aulas ao longo de oito semanas
e carga de 120 horas que incluíram informações e detalhamento técnico a
ser seguido pelos alunos, transmitidos por engenheiros da Honeywell e
professores da escola, do regulamento a ser seguido, e também, oferecer aos
jovens a opção de uma carreira técnica que envolve física, ciências em geral e,
principalmente, engenharia da mobilidade. A maioria dos jovens participantes
confessou dificuldades com as ciências exatas, mas a participação do concurso
contribuiu para a inclusão da engenharia entre as suas possíveis aspirações
profissionais para o futuro.
Ao longo de seis meses, o concurso reproduziu
procedimento real de uma fábrica de veículos, o que levou os estudantes a se
dedicarem às fases de pesquisa de mercado para eleição do modelo, tipo de
veículo e aplicação a ser utilizado; desenho dos protótipos, construção dos
modelos e apresentação do projeto aos jurados.
Para a construção dos trabalhos, a Honeywell forneceu um
kit que constou da base dos protótipos (espécie de chassi ou plataforma do
veículo), com rodas, conjunto de engrenagens e motor elétrico, de autorama.
Para despertar a criatividade dos alunos, o desenho da carroceria foi livre,
assim como a aplicação dos modelos construídos. Os protótipos precisaram
atender a requisitos funcionais e vencer uma série de provas, com tempo limite
para percorrer diferentes distâncias e subida com inclinação de 30%.
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