O brasileiro Bob Keller conseguiu um quinto e um sexto
lugares na ADAC Sachsenring Classic, terceira etapa da temporada 2017 do ICGP
(International Classic Grand Prix). Os resultados permitiram a Keller, único
brasileiro inscrito no campeonato para motos de GP clássicas, permanecer entre
os três primeiros colocados na classificação da categoria para motos de 250
cm³. Ele está apenas meio ponto atrás do vice-líder, Vincent Levieux.
“Fiquei contente com as minhas corridas por vários
motivos. Primeiro, porque Sachsenring não é fácil para calouros: ela é curta,
sinuosa e muitas curvas são ‘cegas’. Como a pista é muito larga, você pode ter
várias opções de trajetória e demora um tempo para descobrir a melhor delas.
Segundo, porque consegui esses resultados em duas corridas que foram muito
disputadas. Terceiro, porque briguei de igual para igual com um cara como o
Eric Saul, que já foi campeão do ICGP e já ganhou provas do Campeonato
Mundial”, afirma Keller, que corre com uma Yamaha TZ L.
O circuito de Sachsenring, localizado em território da
antiga Alemanha Oriental, recebe também o Campeonato Mundial de MotoGP. A prova
do ICGP integrou a programação de um evento bianual de carros e motos de
corrida clássicos. “Foi espetacular.
O público comparece em peso e estavam
presentes campeões mundiais do passado como Giacomo Agostini, Carlos Lavado e
Jon Ekerold”, conta. Nas provas do ICGP, o público torceu muito por Stefan
Tennstädt, várias vezes campeão de motovelocidade na Alemanha Oriental. “O
Stefan é uma lenda ali. Todos o conhecem e respeitam muito”, conta Keller. Na
pista, Tennstädt conseguiu um quarto e um terceiro lugares na categoria 250.
A próxima etapa do ICGP acontecerá nos dias 9 e 10 de
setembro no circuito de Grobnik, na Croácia, junto com a etapa do Campeonato
Mundial de Sidecar. Neste ano, o ICGP foi homologado pela FIM (Federação
Internacional de Motociclismo) como campeonato europeu, último passo antes da
transformação em Campeonato Mundial.
O Brasil é um dos candidatos a receber a
etapa final de 2018, após o sucesso da prova realizada em 2016. “Os pilotos que
vieram para cá gostaram demais do Brasil e me falam o tempo todo que querem
voltar. Estamos trabalhando para que isso aconteça”, finaliza Keller.
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