O Complexo Ayrton Senna,
onde a Renault fabrica veículos de
passeio, comerciais leves e motores, alcançou uma marca emblemática para o meio
ambiente: a reciclagem de 100% dos resíduos gerados no processo de produção. O
complexo industrial instalado em São José dos Pinhais (PR) tornou-se, ao final
de 2016, a primeira unidade da Renault fora da Europa a atingir tal feito.
Em todo o ano passado, a empresa também contabilizou, como
consequência de sua política ambiental,
a redução de mais de 420 toneladas de resíduos gerados e a queda de 20% do
índice de geração de resíduos por veículo fabricado.
“O que buscamos na Renault do Brasil é um processo sustentável, trazendo retorno
ao business e ao meio ambiente. Todos as destinações foram pensadas de forma a
priorizar a redução na geração, o reuso, a reciclagem ou incorporação a outros
processos produtivos”, diz Rodrigo Tavares, supervisor de Meio Ambiente da
Renault.
Desde 2015, a Renault já reciclava 97% do total de resíduos
gerados no Complexo Ayrton Senna. Para alcançar os 100%, foi dada continuidade a políticas ambientais como a economia
circular, que consiste em aplicar um material já utilizado a outro processo ou
finalidade, em vez de descartá-lo.
Neste conceito, a partir de um mapeamento inicial dos
resíduos, foram identificados mais
de 50 diferentes itens com potencial de reutilização. Formou-se ainda uma
equipe transversal para trabalhar e aprofundar o tema, criando um catálogo com
esses materiais. Entre os principais itens reutilizados em 2016 estão pallets,
espumas plásticas e embalagens de papelão.
Até mesmo os resíduos sanitários – um problema de difícil
solução para a indústria – deixaram de ser destinados a aterros e hoje auxiliam
na recuperação de áreas degradadas, após passarem por um processo de compostagem acelerada. Este projeto
demandou um intenso trabalho de desenvolvimento de fornecedores e envolveu os
órgãos de meio ambiente e de saneamento regionais.
“Com a criação deste projeto, houve uma ruptura no conceito
de resíduos na Renault do Brasil, pois percebeu-se o que antes era popularmente
chamado de ‘lixo’, na verdade são materiais com muito valor. Essa política é contínua, de forma que, nos cinco primeiros
meses de 2017, já superamos a redução de geração de resíduos em 20%, em
comparação com 2016”, completa Tavares.
Tipo de material
reciclado na Renault do Brasil (em toneladas)
Isopor 21.160
Papel branco 50.710
Madeira 5.119.050
Papelão 4.996.690
Plástico 1.047.720
Lodo da pintura 424.070
Reaproveitamento de
materiais (unidades / kg)
Pallets 49.179 /
283.772
Caixas de papelão 2677 /
66.466
Embalagens Plásticas 70000 /
1500
Nenhum comentário:
Postar um comentário