A direção do Moto 1000 GP anunciou nesta sexta-feira
(20), em tom oficial, a não realização de seu campeonato de motovelocidade na
temporada de 2016. Os efeitos da crise enfrentada pelo Brasil e a deterioração
do cenário econômico nacional, acentuada desde o início deste ano, trouxeram
reflexos incontornáveis, que determinaram a descontinuação do evento, segundo
explicou seu promotor e organizador, o ex-piloto Gilson Scudeler.
“Estávamos desde julho do ano passado em tratativas de renovação dos acordos
com nossos patrocinadores para 2016. O orçamento estava definido e viabilizado
em dezembro”, segundo Scudeler. “Só que a cada semana havia uma piora da
conjuntura e as dificuldades foram aumentando. A economia veio se deteriorando
e isso foi decisivo para que tivéssemos de anunciar essa triste decisão aos
pilotos e às equipes do Moto 1000 GP”.
A indefinição dos rumos do momento econômico do Brasil nos primeiros meses do
ano adiou as definições de apoiadores que apostaram no evento nas temporadas
anteriores e contribuiu para o recuo de pelo menos um novo patrocinador máster.
“O campeonato não vai acontecer porque, dentro dessa nova realidade, não
conseguimos fechar o orçamento necessário para mantê-lo de acordo com o padrão
dos cinco primeiros anos”, afirmou Scudeler.
O novo patrocinador máster do Moto 1000 GP reafirmou, ainda em abril, o
interesse na associação de sua marca ao evento. “Estávamos negociando o novo
contrato desde o início do ano. O patrocinador nos solicitou mais alguns dias
de prazo e também a readequação no modelo de sua participação, o que nos
sinalizou que conseguiríamos manter o campeonato, mas a espera acabou se
prolongando demais e não houve definições”, revelou o promotor.
A direção do Moto 1000 GP não permaneceu passiva durante a fase em que
aguardava definições. “Pelo contrário, buscamos continuadamente novos
apoiadores para recompor o orçamento, ou pelo menos parte dele, para manter o
campeonato em atividade com o mesmo padrão”, detalhou Scudeler. “Avaliamos a
adoção de novos formatos, como a redução de duas etapas e a readequação da
nossa estrutura, mas a conta não fechou, infelizmente”.
G
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