O programa do E-Jets E2 alcançou hoje outro
importante marco, com a realização do primeiro voo do E190-E2. O voo estava
originalmente programado para ocorrer durante o segundo semestre deste ano.
A aeronave decolou às 13:06, hora local, das instalações
da Embraer em São José dos Campos e voou durante três horas e 20 minutos. O voo
ocorre apenas três meses após a cerimônia de apresentação (rollout) do E190-E2,
no final de fevereiro. O voo inaugural marca o início da campanha de
certificação do E190-E2, primeiro de três novos jatos da segunda geração de
E-Jets. O E190-E2 está programado para entrar em serviço comercial em 2018.
“Um primeiro voo é sempre uma ocasião emocionante, não
importa quantos você testemunhe ao longo dos anos. Neste caso em particular,
não estamos apenas mantendo as nossas promessas ao mercado, mas indo além,
estando adiantados alguns meses em relação ao programado. Quero agradecer a
todos os funcionários da Embraer que estão participando neste projeto”, disse
Frederico Fleury Curado, Presidente & CEO da Embraer.
“Que grande primeiro voo! Hoje, todos nós da Embraer devemos
estar orgulhosos e emocionados deste feito notável. Ver o primeiro E190-E2
levantar voo significa que estamos pavimentando um caminho brilhante para o
futuro da aviação comercial. Estou certo de que o mercado irá mostrar interesse
ainda maior, não só para E190-E2, mas também para os outros modelos E2”, disse
Paulo Cesar Silva, Presidente & CEO, Embraer Aviação Comercial.
O comandante Mozart Louzada, da Embraer, pilotou a
aeronave junto com o co-piloto Gerson de Oliveira Mendes. Também participaram do
voo os engenheiros de voo Alexandre Figueiredo e Carlos Silveira. A tripulação
avaliou as características de controle e desempenho da aeronave, analisando um
número significativo de parâmetros de voo, como velocidade, altitude e retração
do trem de pouso. Isso foi possível graças ao alto nível de maturidade que o E2
alcançou durante o desenvolvimento do programa, com o uso extensivo de
simulações em ambiente digital, além de testes em solo e estáticos que
empregaram bancadas de provas como rigs e o iron bird.
“Há sempre um série de expectativas com um primeiro voo e
de hoje não foi exceção. Fomos capazes de abrir significativamente o envelope
de voo, voando na velocidade de mach 0.82, subindo para 41 mil pés e retraindo
trem de pouso e flapes, e acionando o modo normal dos comandos de voo
fly-by-wire. Tudo isso demonstra que o projeto do E190-E2 é muito maduro e
robusto, excedendo os objetivos de desempenho”, disse o Capitão Louzada.
O avião que voou hoje é o primeiro de quatro protótipos
que serão utilizados no programa de certificação do E190-E2. Duas aeronaves
adicionais serão usadas no processo de certificação E195-E2, que levará à
entrada em serviço em 2019. Outras três aeronaves serão utilizadas para
certificar o E175-E2, que está programado para entrar em serviço em 2020.
O E190-E2 tem o mesmo número de assentos do atual E190,
podendo ser configurado com 97 lugares em duas classes de serviço, ou 106 em
classe única, e tem alcance estendido em 800 quilômetros (400 milhas náuticas)
quando comparado ao E190 atual, permitindo aos operadores de voar rotas de mais
de cinco mil quilômetros (2.800 milhas náuticas).
Desde que o programa dos E-Jets E2s foi lançado, em junho
de 2013, a Embraer registrou 640 compromissos de companhias aéreas e empresas
de leasing: 267 são pedidos firmes e 373 são opções e direitos de compra. A
família de E-Jets de aviões comerciais é líder na categoria de aeronaves até
130 assentos, com mais de 50% do mercado mundial. Os E-Jets da Embraer estão
atualmente em serviço com cerca de 70 clientes em 50 países.
A combinação de uma nova asa aerodinamicamente avançada, de formato
único e com maior alongamento, além de aprimoramentos de sistemas e aviônicos,
incluindo a quarta geração de comandos de voo fly-by-wire, e os motores de alto
desempenho da Pratt & Whitney PurePowerTM Geared Turbofan (PW1700G no
E175-E2 , PW1900G no E190-E2 e E195-E2) resultará em reduções de dois dígitos
no consumo de combustível, nas emissões, ruído e custo de manutenção e aumento
na disponibilidade das aeronaves.
Os E-Jets E2 serão capazes de ter custo por
assento semelhante ao de aeronaves narrow-body maiores remotorizadas, com um
custo por viagem significativamente menor, criando assim novas oportunidades de
desenvolvimento de novos mercados com risco reduzido e o dimensionamento
correto da frota pelas companhias aéreas.
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