No ano
passado a Fórmula Truck criou os restritores de potência em busca de reduzir a
diferença entre os líderes e os outros pilotos. Nesta temporada em vez de
somente os três primeiros usarem, o número cresceu para cinco e com maiores
dificuldades ainda. No Autódromo de Tarumã, um dos mais tradicionais do Rio
Grande do Sul, será a primeira experiência deles com os aparatos criados para
equilibrar as disputas no Campeonato Brasileiro. A primeira vez que os cinco
restritores foram utilizados foi em Londrina, na quinta etapa da 21ª temporada
da história. Ninguém nega que o restritor é um pesadelo para os líderes, pois
tira a potência dos motores.
Até Goiânia, somente os três primeiros colocados utilizavam o aparato mecânico
que reduz a força dos propulsores. Desde Londrina, a quinta etapa, a categoria
tem os cinco primeiros colocados na classificação geral com redução de
potência. O restritor é, basicamente, um anel que diminui a entrada de ar no
motor dos caminhões e, consequentemente, reduz a queima de combustível, no caso
óleo diesel, o que reduz a potência.
Felipe Giaffone (Volkswagen Constellation), que lidera o Campeonato Brasileiro
da Fórmula Truck, estará com o restritor de 70 milímetros, e perde algo em
torno de 140 cavalos. Ganhador das três últimas corridas desta temporada
(Goiânia, Londrina e Interlagos), o segundo colocado Paulo Salustiano
(Mercedes-Benz) tem a entrada de ar de 72mm e deixa de usar cerca de 120 HP.
Diogo Pachenki (Mercedes-Benz), o terceiro colocado, levará o restritor de
74mm, com 100 cavalos de perda. André Marques (Volkswagen Constellation), que
em Interlagos assumiu o quarto lugar, vai com o de 76 milímetros e perde 50 HP,
e o quinto na tabela da classificação geral, David Muffato, pole position em
Interlagos, usará o de 78mm e não utiliza 30 cavalos.
Quase todos os outros caminhões do grid usarão o restritor de 80 mm, menos os
três da marca Iveco, que em vez de redução, ganharam uma abertura da entrada de
ar de 85 milímetros. O caso dos brutos de Beto Monteiro, Roberval Andrade e
Luiz Lopes foi definido após a constatação da dificuldade enfrentada pelo motor
da marca, que não conseguia acompanhar os outros concorrentes pela pequena
entrada de ar que anteriormente utilizada.
Os restritores serão usados até a penúltima corrida, marcada para dia 6 de
novembro em Guaporé, interior do Rio Grande do Sul. Na decisão do título desta
temporada, no dia 4 de dezembro em Curvelo, Minas Gerais, os cinco primeiros
deixam de usar os restritores.
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