Coluna 3516 - 26.08.2016 edita@rnasser.com.br
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Em setembro o Jeep Compass
Novo integrante da família Jeep, pouco superior em
dimensões ao Renegade – terá uns 4,50m de comprimento – o Compass tem
apresentação definida: em breves dias pré exibição a restrita relação de
jornalistas especializados; logo após treinamento nos revendedores; em seguida
lançamento. FCA, holding controladora
de Chrysler, Fiat e Jeep quer vendas em outubro, antes do Salão do Automóvel,
novembro.
Para sanar dúvidas curiosamente fomentadas por
jornalistas especializados, Coluna
repete o já aqui antecipado: designação do Projeto 551, classificado
internamente como C-SUV, será Compass – e não Patriot ou outras opções, como
vem-se comentando. No mesmo caminho de contradições, não será importado do
México, mas produzido em Goiana, Pe, na linha de fabricação do também Jeep
Renegade e do Fiat Toro.
Terá fabricação mundial e repõe idêntico modelo, segundo
degrau na escala dos utilitários esportivos Jeep, em porte e preço logo acima
do Renegade.
Apesar da similaridade com os colegas de linha,
mecanicamente diferença principal estará nos motores. Sai o 1,8 EtorQ feito nas
beiradas de Curitiba e, em seu lugar, um 2,0, unidade antiga, proveniente de
acordo entre Mitsubishi, Hyundai e Chrysler, por esta batizado Tiger Shark.
Bloco e cabeçote em alumínio, quatro cilindros, 2,0 litros, 16 válvulas. Sem
cabeçote Multi Air, mas agregados variadores de abertura para as válvulas de
admissão. Com tal solução, potência ficará garroteada em torno de 160 cv para o
uso de gasálcool e pouco mais com álcool puro. Torque 19 a 20 m.kgf. Com
transmissão mecânica de seis velocidades comporá o primeiro degrau na escada de
produtos Jeep.
Haverá, também, opção a diesel, 2,0 com esperado ganho em
potência até agora não verificado, e transmissão automática de nove
velocidades, e tração nas 4 rodas. Será a versão de topo.
Mercado pobre como o é o nacional e adjacências
americossulinas, por sua conformação estética busca reconquistar o patamar de
sonho de consumo como foi o Cherokee.
Curiosidades em
Pebble Beach
Visto como o
mais refinado encontro de veículos antigos, o Pebble Beach Concours d’Élegance, no campo de golfe na praia do
mesmo nome, península de Monterey, California, EUA, mesclou diferentes
situações. Manteve o interesse; reduziu horário de acesso público para permitir
o trabalho dos fotógrafos e cinegrafistas; concedeu espaço a 228 automóveis vindos
de 16 países e de 30 estados norte-americanos; liderou a dita Semana Santa, sete dias intensos de
folguedos antigomobilísticos, leilões, eventos; ... e cumpriu a agenda social
destinando US$ 1,75M a 80 entidades pias da vizinhança.
Expor em PB não
é exercício de voluntariedade, mas objeto de convite, exigindo conhecimento e
relacionamento, lobby bem sucedido,
presença usual. Para ideia, nem o melhor acervo antigomobilístico do Cone
inferior do Continente, do argentino Daniel Sieleck, três vezes premiado no
evento, conseguiu ser o Best of the Show.
Surpresa
Richard Mattei,
do Arizona, levou tal prêmio ao ser convidado, e expor seu raro Lancia Astura
Pinin Farina Cabriolet de 1936, e receber o disputadíssimo título de melhor
dentre os presentes. Surpreso, gaguejou pelo nunca visto, ter ganho outros dois
prêmios: o da classe na disputa pelo BOTS e o Gwenn Graham para o conversível
mais elegante. O insólito da situação está no fato de ser sua primeira vez em
PB. Disputa apertada ante concorrentes como Delahaye 165 de 1938 Cabriolet por
Figoni & Falaschi e Stutz DV32 Conversível Victoria Le Baron.
Pré Guerra, o
Lancia é do tempo de construção individualizada, cuidada, quase artesanal.
Chassis rolante adquirido à pioneira e italiana marca, enviada a Pinin Farina –
antes de justapor os nomes – para obter conversível, duas capotas.
Na heráldica do Astura, Pininfarina – pós junção
legal do nome – comprou-o para o museu da empresa, e o guitarrista Eric
Clapton, ex-dono, o fez famoso com definição: deu-me os maiores prazeres fora do palco e da cama.
Mais
Exige registro o 1º prêmio no BMW Centennial, nos festejos dos seus 100 anos. Lothar Scheuttler,
de Maryland, aceitou convite, e levou exemplar de 328 de 1937, hoje Clássico
mundial - interessante, mas não interessantíssimo. Mas a maior curiosidade está
na história entre dono e objeto.
Executivo aposentado, no grande vale da crise
americana, para comprá-lo Oscar foi radical: hipotecou sua casa. Recebeu-o
desmontado, em caixotes. E se aplicou vigorosa e pessoalmente a 80% dos
trabalhos de restauração, incluindo todo o complexo e curváceo madeirame de
estrutura da carroceria e à curvatura dos graciosos para lamas, valendo-se de
ferramentas limitadas na garagem da casa hipotecada. Tomou seis anos nesta
messe, invertendo a tradição em PB, onde no usual proprietários abonados
escrevem imponentes valores em cártulas de cheques, e pagar entre 4.000 e 5.000
horas/homem de trabalho para restauração norte-americana apta a chamar atenção
de frequentadores e fotógrafos nas grandes mostras antigomobilistas, primeiro
passo ao olimpo do Best of the Show
na prainha.
Leilões, alguns,
bem focados em tipos de veículos e compradores, mostraram novos patamares para
carros esportivos. No leilão da RM Jaguar D Type, 1955, marcou pouco críveis
US$ 21.780.000, e Shelby Cobra mudou de mãos por US$ 13.700.000, maior valor já
pago por um automóvel feito nos EUA.
Merece
explicação. É de 1962, quando o delgado inglês AC acolheu o motor Ford V8 289
c.i., virando mito. E era a unidade pertencente a Mr Cobra – Carroll Shelby, o
autor da façanha e da marca. Teve-o durante toda a vida (1923-2012).
Comprador terá
invejável combinação: uma obra de arte em três dimensões capaz de mobilidade, e
DNA de história.
Tira, põe,
ajusta. O negócio do sedã Citroën
C4 Lounge, o bom
sedã Citroën feito na Argentina, passou por revisão para reanimar o mercado.
Reconhecido por harmônica relação entre conteúdo e preço, suprimiu versão 2,0
Flex e agregou itens de infodiversão, programas de computador, tela de 18 cm
por toque e capacidade de espelhamento. Implementou qualidade do som e,
aumentando conteúdo, as três versões receberam equipamentos eletrônicos pró
segurança, como o ESP – programa de estabilidade -, e trava para arrancar em
subidas. Externamente mudança sutil - cor no pisca no bloco dos faróis -, na
mecânica e mercadológica, focando no atendimento das metas de consumo acordadas
com o governo federal pelo programa Inovar-Auto, daí adotar como motor o bom
projeto BMW/PSA, 1,6, turbo, com potência de 173 cv, álcool e 166 cv,
gasálcool. Disposto em torque, 24,5 m.kgf desde os 1.400 giros, consegue
resultados agradáveis: de 0 aos 100 km/h arranca em 9,2s, e velocidade máxima
de 215 km/h.
Para ter
Etiqueta A, degrau mais elevado no programa de economia, empresa aplicou caixa
de transmissão mecânica com 6 velocidades, três multiplicadas – a 6ª. é 0,68:1
e o diferencial 4,05:1, permitindo aproveitar o torque para girar menos. Há
epicurismo mecânico, como o óleo mais fluido na caixa de marchas – para reduzir
atrito e gasto de energia para vence-lo -, e sensor de voltagem: quando a
bateria está totalmente carregada, o alternador se desliga, reduzindo consumo
em 1%!
Preços nascem em
R$ 69.990 para versão com caixa mecânica 6M, decoração Origine. Tendance e
Exclusive, acima, mais caras.
Garantia de 3
anos, mão de obra para manutenção comprometida: R$ 1/dia.
Roda-a-Roda
Sucesso – Ford
dobrará para quatro anos produzir o novo GT. Projetou fazer 500 unidades, mas
encomendas foram a 7.000. Carroceria e rodas em fibra de carbono limitam
produção semi artesanal, como ocorre com Alfa Romeo 4C.
Erro – Calcular
vendas em 500 unidades, ter 7.000 encomendas, ser forçada a dobrar o projeto
industrial, é erro. Rentável, porém monumental engano.
E ? – Ford não
informou se os intelectuais do marketing do produto foram promovidos para
baixo, e se os formuladores do conteúdo do GT para cima.
Antigo – Carro
será colecionável e a caminho do rótulo de Clássico
por seu projeto, características e construção.
P’ra fora – Buscando manter longe o
fantasma do encolhimento de vendas – e de produção -, Hyundai foca mercado
latino americano: após Paraguai, envia o HB 20 ao Uruguai. 300 unidades em 2016
e 600 próximo ano.
Local – No vizinho Oriental opera pelo
distribuidor Fidocar. Lá é a sexta em vendas – menos de 1/3 do vendido pela
líder VW. Julho 127 unidades.
Atualidade – Se gostas da inevitabilidade do desenvolvimento
tecnológico, última novidade está em Pittsburg, EUA. Uber e Volvo assinaram
acordo para garantir corridas ponto a ponto – em Volvo XC 90 autônomo – com
presença legal de motorista sentado em frente ao volante. Empresa quer 100 neste
ano.
Problema –
Volkswagen alemã reduziu horas de trabalho; dispensou colaboradores. Razão,
início de problemas. Fornecedor de partes de câmbio e bancos atrasou/suspendeu
entrega dos componentes. Empresa é a Prevent, da Bósnia, e já praticou isto no
Brasil, forçando VW e Fiat e deter produção de veículos. VW foi para a Justiça
aqui e lá.
Fase – Expõe
fragilidade no sistema mundialmente adotado pelas montadoras, o Just-in-Time, criado pela Toyota,
eliminando estoques. Auto peças chegam diretamente às linhas de produção pelos
fornecedores. Sistema exige criar variável para evitar hipotético fornecedor da
trava da rebimbela da parafuseta deter fábricas inteiras.
Caso – Na
negociação alemã entrou até o ministro da Economia. Deter entrega e a parar
linhas de produção tem efeito dominó sobre demais fornecedores. Peça não
entregue é imposto não recolhido e emprego não garantido.
Organização – Em
2015 Toyota resolveu concentrar despesas e operações em sua pioneira sede, na
antiga Estrada do Piraporinha, São Bernardo do Campo, SP, onde fabricou o jipe
Bandeirante.
De novo – Dia 22
inaugurou no espaço o Centro de Pesquisa Aplicada, para levar aos produtos
resultados de estudos, desenvolvimento de partes e design aos veículos produzidos no Brasil. Restante do espaço produz
partes para Brasil, Mercosul e EUA; tem fração da Mata Atlântica e terá centro
de memória.
Evidência – Em
2013, média administração local torceu o nariz com indicação do norte-americano
Steve St Angelo CEO no Brasil, América Latina e Caribe.
Ações - Mostrou
a que veio e o tamanho de Q.I.: uniu empresa em mesmo endereço; melhorou a
qualidade; implementou complementariedade de partes Brasil/Argentina; encostou
uns protestantes; colocou outros no corredor; importou novo Vice Presidente; deu
gás na comunicação social; corrigiu tropeços no Etios.
Resultados –
Apesar da crise no Brasil, mercado líder, reflexos na Argentina, quase dobrou a
participação da marca em sua ampla área, de 5,3% para 10%.
Mais – Está na
frente regional do“5 Continents Drive” iniciativa
com produtos e engenheiros Toyota rodando com frota regional. Das conclusões,
adequações às exigências de rodagem nestes mercados. No caso da América Latina
e do Sul, incluiu o híbrido Prius, em estudos para montagem no Brasil.
Expansão – General Motors amplia presença na África.
Lidera o mercado de caminhões e anunciou negócios no Kenya. Fórmula
transversal, reatou ligações com japonesa Isuzu, dona da operação industrial.
Investirá para dobrar capacidade produtiva de 22 unidades/dia.
De lado – Como passar por desníveis, quebra molas
irregulares, sem danificar a suspensão e o monobloco de seu veículo ?
Juliano Caretta, da amortecedores Monroe recomenda não passar em diagonal, mas
linha reta.
Piquet –
Inconformado com o baixo rendimento de sua berlinette
Alpine A 108, aqui produzida pela Willys, tri campeão Nelson Piquet resolveu
incrementá-la: fabricou novo chassis, aplicará mecânica forte.
Gente – Mudança na PSA. Jean Mouro e Rachid Marzuk no
Comitê de Direção do Grupo PSA. OOOO Mouro responderá por Monozukuri –
Desenvolvimento, Estilo, Produção, Logística e Compras, tudo no processo
industrial. OOOO Marzuk,
daí em diante: operações comerciais para novos e usados. OOOO
Igor Dumas promovido: Direção de
Operações Comerciais Região Panamericana. OOOO Todos sob o luso Carlos Gomes, presidente Brasil e América Latina,
membro do Comitê Executivo do Grupo. OOOO Mudanças indicam relevo para Caribe,
Américas Latina e do Sul. OOOO
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