As dezoito marcas filiadas
à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de
Veículos Automotores comercializaram em abril 2.856 unidades importadas, queda
de 13,9% em relação ao mês anterior, quando foram emplacadas 3.317 unidades.
Ante o mês de abril de 2015, o desempenho negativo é de 45,8%. Foram 2.856
unidades contra 5.274 veículos.
No acumulado, cuja totalização chegou a 12.716
unidades emplacadas, a queda significou 44,6% em relação aos 22.944 veículos
emplacados no primeiro quadrimestre de 2015.
“As sucessivas quedas nos números de emplacamentos
mensais sinalizam um alerta importante ao setor de veículos importados”,
sustenta José Luiz Gandini, presidente da Abeifa, “não podemos esperar até
dezembro de 2017 o fim dos 30 pontos percentuais do IPI. Só conseguimos
ultrapassar a cota com a cotação do dólar mais baixa. Agora, com o dólar em
alta, não conseguimos sequer atingir o volume da cota estabelecida. Corremos
sério risco de ver os nossos negócios à mingua, desestruturando por completo a
operação de importação e, por consequência, a da rede de concessionárias”.
A entidade mostrou ainda estudo que constata o
quadro desolador do setor de veículos importados: em 2011, ano em que foi
instituído os 30 pontos percentuais no IPI, as associadas à Abeifa responderam
por 199 mil unidades comercializadas, com rede de 848 concessionárias autorizadas,
35 mil empregos diretos e recolhimento de impostos da ordem de R$ 6,5 bilhões;
hoje as dezoito associadas respondem por 450 concessionárias (incluindo as que
têm fábricas no País), 13,5 mil empregos diretos (incluindo fábricas) e têm
previsão de recolhimento de impostos na casa de R$ 2,1 bilhões.
“Por esse quadro, independente do cenário
político-econômico, o setor de veículos importados reivindica tratamento
isonômico ao dos veículos nacionais, ou seja, sem os 30 pontos percentuais no
IPI”, enfatiza o presidente da Abeifa, para quem a entidade espera renovar os
contatos com o Governo Federal tão logo volte à normalidade institucional.
Na avaliação de José Luiz Gandini, “a propalada
invasão dos importados não aconteceu e nem acontecerá. Nós também somos
favoráveis ao amadurecimento da indústria local. Por isso, os veículos
importados sempre serão um parâmetro importante para o mercado de autoveículos,
aqui no Brasil como em qualquer outro mercado”.
No capítulo que contempla a produção local, as
associadas BMW, Chery, Mini e Suzuki fecharam o mês de abril com 841 unidades
emplacadas, total que representou alta de 18,5% em relação ao mês anterior, mas
queda de 6,5% se comparado com abril de 2015, quando foram emplacadas 899
unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as quatro associadas à Abeifa
totalizaram 2.706 unidades emplacadas, queda de 17,8% ante as 3.294 unidades do
primeiro quadrimestre do ano passado.
Com os totais somados – importados e produção
nacional -, a participação das filiadas à Abeifa no mercado interno é de 2,35%
no mês de abril e de 2,48% no primeiro quadrimestre.
Na opinião de José Luiz Gandini, presidente da
entidade, “a crise de confiança no País permanece no mercado interno.
Independentemente da categoria de automóveis, o consumidor segura seus
investimentos ou a retração tem origem na seletividade do crédito, fator
determinante em nosso negócio”.
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