Coluna 1916 - 05.05.2016 - edita@rnasser.com.br
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Kicks, o novo
Nissan
Marca líder em utilitários esportivos em vários segmentos, Nissan chega
ao primeiro degrau do mercado com o Kicks, desenvolvido sobre a plataforma
comum de March e Versa feitos no Brasil.
Prepara produção em Rezende, RJ, mas para coincidir calendário dos Jogos
Olímpicos, dos quais é patrocinadora da festa e equipe, trouxe unidades feitas
no México para apresentação à imprensa e concessionários, e engatar no
Revezamento da Tocha Olímpica. Quer bem
capitalizar com uma unidade acompanhando o percurso nacional da Tocha Olímpica
– 380 cidades por 95 dias, acabando a maratona dia 5 de agosto no Maracanã.
Um pouco
Nome gostoso, o Kicks segue o padrão dos utilitários esportivos da marca
– grandes cortes nos painéis de chapa, superfícies com mudanças abruptas,
grupos ópticos extensos. Caprichou num teto acupezado. Para diferenciá-lo – e
tornar-se absorvido na concorrência com maiores, como o Honda HR-V, o Jeep
Renegade – há incrementos eletrônicos, como o monitor com visão 360 graus e
detetor de movimento de objetos em torno do veículo.Unidade vista, topo de
linha, com revestimento em couro amarelado, largos pespontos, prolongamento
elegante do console à tela do painel.
Fábrica não se pronunciou sobre motores, embora se saiba seja 1,6, 4
cilindros, 16 válvulas. Transmissão da unidade exposta era CVT, por polias
variáveis.
Igualmente não esclareceu dúvida flutuando sobre o mercado: Renault e Nissan padronizarão motores ?
Hoje Nissan faz motores de 1,0 e 1,6. E a associada Renault, também, de desenho
mais antigo. Em novembro Renault lançará veículo assemelhado, sobre a mesma
plataforma, e terá versão com novos motores: 1,0 de três cilindros, e 1,6 de
quatro. Fontes desta marca dizem ser de sua produção. Mas é crível, em ano de crise e retração de mercado cada uma com linha
própria de motores ?
De preços
É de se esperar cautela religiosa por José Luiz Valls, CEO para a América
Latina, e François Dossa, presidente da Nissan no Brasil. Que se acautelem
contra os elogios, que mantenham a fé e o equilíbrio. Afinal, o Kicks se
direciona aos mesmos clientes do líder Honda HR-V; do ex líder Jeep Renegade;
aos clientes do também ex-líder Ford EcoSport, e Renault Duster, e Peugeot 2008,
todos com motores maiores. Que rezem para São Nicolau, protetor dos
comerciantes, para conte-los no entusiasmo de impor preços iguais aos
concorrentes.
Caminho de sobrevivência para a Nissan estará em guardar qualidade,
agrupar conteúdo, ser franciscana nos preços a partir da venda das unidades
mexicanas, e o seguir com a produção local na virada do ano, Segredo está no
preço – a empresa faz isto com o Sentra, de menor preço entre concorrentes.
Começou bem
Iniciativa de
agregar o Kicks no patrocínio Nissan aos Jogos Olímpicos dar-lhe-á grande repercussão. Somado ao momento nacional de
possível renovação governamental, do deter da queda econômica, de uma aragem de
esperança, e ao fato de a indústria automobilística ser vista como retrato da
economia, colherá resultado paralelo. Como diz François Dossa, presidente da
Nissan, o Kicks será visto como o marco da mudança do país.
Na Mercedes
passado pauta futuro
Quem foi à festa
de 60 anos da Mercedes-Benz no Brasil surpreendeu-se com formato, conteúdo,
mensagem. Em ano de intensa punição às vendas de caminhões, em viva abrasão com
sindicatos, aparentemente alheios à retração de 50% em produção, a festa teve
orçamento contido e face objetiva: foi encontro de negócios, com presença de
fornecedores e clientes.
A ideia, bem
ajustada, foi mostrar o enorme salto tecnológico permitido pela informática,
direcionada a economia operacional e segurança, existente em equipamentos como nos
topo de linha de caminhões Actros e no luxuoso sedã Classe S. Empresa projetou
de como será o caminhão 2025, com tecnologias hoje disponíveis – como o
caminhão autônomo, capaz de sair e chegar dispensando ações do motorista – e em
desenvolvimento.
Empresa tocará o
ano de comemorações – a data oficial de inauguração é o 28 de setembro – com
eventos vários e para públicos diversos.
Como disse
Philipp Schiemer, CEO para a América Latina, em sua segunda residência no país,
fluente na linguagem, conhecedor dos costumes, a Mercedes ouve o que as estradas falam – e adequa produtos às
exigências. Hoje empresa tem veículos com capacidade de carga de 1 a 500
toneladas, automóveis para um passageiro, e ônibus articulados aptos a levar
200.
O caminhão do
futuro é autônomo, tecnologia já disponível e com ela a Mercedes quer
aplicar-se na produção até o final da década. Isto significa a operação
perfeita e segura da máquina, com ganhos em segurança para os usuários da
estrada, redução de consumo e emissões.
A festa mostra
como o futuro chega rápido.
Peru, um novo pequeno mercado
Brasil e Peru
assinaram acordos comerciais de livre comércio para fomentar trocas de produtos
sem imposto de importação. Mercado adicional, compras oficiais. Grosso modo,
bases assemelhadas da operação Mercosul.
Ação faz parte
dos esforços do ministro Armando Monteiro, Desenvolvimento, Indústria e
Comercio Exterior, um dos poucos a dar resultado palpável durante e no triste
ocaso do governo Dilma PT. Papo de roda, no operacional, Brasil importará
autopeças e aumentará a exportação de veículos prontos.
Mercado pequeno,
em retração, Peru marcou recorde de consumo de veículos em 2013, quando vendeu
domesticamente 201 mil unidades. Neste ano previsão é consumir 172 mil, e nele
o fornecimento brasileiro, ora em 4% praticamente dobrará superando os 7%, e
sinalizando aumentar participação. Atualmente lá dominam marcas asiáticas,
japonesas, coreanas e chinesas.
Dentre as
montadoras brasileiras Toyota tem rápida possibilidade de montar operação para
exportar partes e montar o Etios no Peru, onde teve curiosa atividade:
importava Toyotas usados, barrados na inspeção de segurança veicular japonesa,
revisando-os e passando a direção e comandos, do lado direito, como se usa no
Japão, para o esquerdo, caso da América do Sul. Vendas apenas para mercado
interno e Paraguai.
Ricardo Bastos,
diretor, informa, início será com envio do Etios, pronto.
Mercado pequeno,
mas é a cara da situação atual, válidos todos os esforços para fomentar vendas
- e manter fábricas e empregos aqui.
Roda-a-Roda
Negócio - FCA, Fiat
Chrysler Automobiles registrou lucro de E 528M entre os primeiros trimestres de
2015 e 2016. Número EBIT, pré impostos. Dentre as marcas, Jeep cresceu mais,
ampliando presença nos mercados dos EUA, Europa, Ásia-Pacífico e Brasil.
Acúmulo – Sergio
Marchionne, executivo maior da FCA e presidente da Ferrari, mais trabalho.
Incorporou ser CEO da Ferrari, onde é presidente. Substituiu Amedeo Felisa.
Para quem lê o mercado, não havia necessidade de intervenção, ante crescimento
com lucros nunca vistos, embora valor de suas ações, colocadas no mercado em
2015 vir caindo.
Foco -
Entretanto a equipe de Fórmula 1 demanda atenções. Não oferece resultados
proporcionais ao investimento. Questão é,
tantas horas mensais Marchionne poderá dedicar à Ferrari entre a dúzia de
lugares que ocupa nas empresas do grupo? Felisa, veterano, será como consultor,
forma universal de mantê-lo fiel à marca, dissolver tentações de comentar
futuro dos produtos.
Amarok –
Primeira grande revisão no picape Amarok ocorrerá no segundo semestre: grade e
faróis, rodas 20”, painel de instrumentos, arranjos internos. Mudança maior,
opção de motor V6 3,0 litros, potência de 230 cv e torque proporcional à atual
versão 2,0 – 50% maior.
Q3 – Audi
iniciou vender seu carro de maior sucesso no mercado nacional, o SUV Q3.
Construído na fábrica de São José dos Pinhais, Pr. Mecânica padrão, 1,4 litro,
16 válvulas, 150 cv, 25 quilos de torque, transmissão por dupla embreagem e 6
velocidades. Ágil, diz fábrica, cumpre da imobilidade aos 100 km/h em 8,9s, e
atinge reais 204 km/h. Apenas tração dianteira.
Versões – Attraction, de entrada, R$ 142.990 e Ambiente, R$ 153.990. Acima, pacote conforto a R$ 9.500
adicionando operação elétrica da tampa traseira, pacote de iluminação e teto
solar. Versão de topo, Ambition,
segundo semestre.
Luxo – BMW Brasil
iniciará vender seu sedã topo de linha, o Series 7 a partir do próximo mês.
Apelo do novo modelo, calcado nas conquistas tecnológica do concorrente
Mercedes Classe S é a modernização do
luxo.
Limpeza – Chery
submeteu o motor 1,0 litro, 3 cilindros, do modelo QQ, iniciando ser produzido
no Brasil – lançamento na 2ª quinzena -, ao Inmetro obtendo Nota AA no selo Conpet
de eficiência energética na categoria Micro compacto.
Também – Pelo
Inmetro/Compet, dentre os 796 veículos avaliados, em Peugeot 208 com novo motor
1,2, 3 cilindros, dito Puretech é o compacto mais econômico com gasálcool,
álcool, cidade, estrada. Primeiro após os híbridos.
Multi – MAN
Latin America, fabricante no Brasil de caminhões MAN e Volkswagen exportará
partes para a montagem local dos modelos Worker.
Caminho - Projeta
400 unidades mensais, mas ao portar orgulho africano deve ampliar o mercado.
Com México MAN tem operação maior, exportando partes, montando 10 modelos diferentes
de caminhões e ônibus.
Política –
Funcionários da Mercedes-Benz fizeram greve 2ª feira contra demissão de
funcionários em licença. Vendas de caminhões caíram 50% e não há conta que
feche sem corte proporcional de mão de obra. Fábrica gostou: sem trabalho não
há produção adicional para aumentar o estoque não vendido.
Moto – BMW confirmou furo da Coluna semana passada, ter fábrica
própria em Manaus. Junto informou novo produto, a 310R, roadster, monocilíndrica, 4 válvulas, injeção de combustível,
lançada ano passado.
Mais – 34 cv de potência, torque de 2,85 kgfm, 158 kg, freios a disco, jeitode
esportiva de maior porte. Com ela a BMW quer fazer 10 mil unidades dentre os
nove modelos a montar em 2017. Curiosidade, na origem modelo é indiano, de onde
virão as peças para montá-la.
Ecologia - Ford
divulgou reciclar em torno de 100 mil toneladas/ano de sucata de alumínio nos
EUA para fazer caçamba e partes do seu picape mais vendido, o F 150. É corajosa
proposta de substituir chapa de aço por alumínio em padrão militar, para melhor
consumo e menor poluição.
Resumo - Na
pratica reduziu 300 kg e aumentou capacidade de carga em 240 kg. Reciclagem
para alumínio militar reduz em 95% as emissões do processo.
Oportunidade - Ford
local deveria se candidatar a fornecer. Brasil tem o maior percentual mundial
de reciclagem de alumínio, liderada por cooperativas. Atividade além de
aumentar exportações brasileiras, teria cunho social.
Antigos – No
projeto de renovação de frota para dinamizar negócios, sugere-se taxas
crescentes de licenciamento dos antigos, para torná-los inviáveis, fomentando
troca.
História - Kiko, civilmente o Dr. Francisco
Malzoni, filho do lendário Rino, Dr.
Genaro Malzoni, deu passo importante na preservação das historias corretas na
memória do pioneiro carrozziere
brasileiro. Rino teve a coragem de
modificar veículos, dando origem à Puma, e depois a empresa com seu nome de
família, associado ao herdeiro.
No ar – Há anos Kiko convenceu o jornalista Jorge
Meditsch a escrever a historia de Malzoni, e agora, para encerrar tantos
desencontros surgidos pela internet, e servir como base faticamente correta,
criou sitio: www.malzoni.com
História – Reality show “Escola de Pilotos”, 13 episódios, mostrará face do automobilismo de
competição focando na família Piedade. Escola de Pilotagem,
produção de
itens para carros de corridas, participação nas provas, tudo a envolve e
colaboradores.
Aula – A quem
gosta e aos desconhecedores das múltiplas facetas do negócio. Terças, 21h no
canal +Globosat (34 na Sky e 44 na Net). Reprise quartas, 12h.
Problema – A
superioridade dos motores Mercedes-Benz na Fórmula 1 – além da equipe e carros
bem acertados, o sistema turbo em seus motores é exclusivo e imbatível em
rendimento, – acaba com a competitividade no setor.
E ? - Mesmice
dos resultados reduz interesse na temporada, pois a distância aberta pela marca
encerra o campeonato antes do final. Alguma mudança regimental surgirá.
Retífica RN - Coluna passada ao comentar a operação montagem realizada pela Dafra na área da
Suframa, listou a marca KTM como holandesa. Derrapou.
É austríaca, bem
lembrou leitor Rodrigo Moraes.
Araxá – Mais
elegante dos encontros nacionais de veículos antigos, Araxá, MG, 25 a 29 de
maio, superou as 200 inscrições e nem todas as opções de hospedagem são
disponíveis.
Leilão será
conduzido por Maurício Marx, do ramo. Patrocínio mudou. A CBM, de metais, é a
principal, seguida pela Mercedes-Benz.
... – 2 – Og
Pozzoli, 85, antigomobilista, único remanescente do trio implantador da atividade
no Brasil, refeito. Tanto, prepara-se para ir a Araxá,
dirigindo.
Antigos - Skoda 1000
MBX, da então Tchecoslováquia, foi o sedã com motor de 1,0 litros mais eficaz
da sua época. Fez história nos anos´60 pelo ótimo espaço interno e linhas
diferenciadas, atração no Salão de Genebra de 1966. Completa 50 anos agora,
como lembra o competente jornalista Fábio Amorim no bem informado
portal www.acelerandoporai.com.br Mais?
Gente – Philipp Schiemer, presidente da
Mercedes-Benz Brasil, hobby. OOOO
Antigomobilismo.
OOOO Começa bem: 280 SL, para os do ramo
o tipo W113, no Brasil dito Pagoda. OOOO
Quer estreá-lo no grande Encontro de Antigos em Araxá, MG, 25 a 29 maio.
OOOO Arrisca-se a prêmio. Mercedes tem
excepcional oficina para manutenção de novos e antigos. OOOO Carlos Barba,
mexicano, diretor de design da GM no
Brasil, retirou-se, mas continuará morando aqui. OOOO É um talento. Dele algumas gerações de produtos, parecendo novos,
desenvolvidas sobre plataformas e com motores superados. OOOO Fonte da
marca disse ter sido decisão própria, nada a ver com o encolhimento de vendas e
pessoal na marca. OOOO
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