O desempenho das
exportações da Marcopolo no segundo trimestre de 2016 permitiu à empresa fechar
os primeiros seis meses deste ano com receita de R$1,048 bilhão. O resultado,
apesar de ser 18,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2015 (R$ 1,293
bilhão), consolida a assertividade da estratégia adotada pela gestão em focar
nos negócios no exterior e na contínua elevação da competitividade e
produtividade operacional.
Com isso, a
empresa alcançou uma melhora nos resultados do segundo trimestre de 2016 em
relação ao mesmo período do ano anterior, com crescimento de 16,7% no lucro
líquido (R$ 43,3 milhões contra R$ 37,1 milhões). Mesmo assim, no semestre, a
empresa teve recuo de 27% no lucro líquido (R$ 52 milhões, contra R$ 71,2
milhões)
Os resultados
atingidos no segundo trimestre deste ano também são reflexo das ações adotadas
pela empresa para aumento da eficiência, redução de custos e ampliação do
portfólio de clientes. O destaque é o projeto Conquest, que busca o aumento das
exportações por intermédio do fortalecimento da atuação nos mercados
tradicionais da América Latina e também da cobertura de novos mercados e
clientes no exterior.
O crescimento da
receita das exportações a partir do Brasil permitiu à empresa revisar a meta
interna de crescimento da receita em dólar de exportações de carrocerias, que
passou de 30,0% para 50,0% em relação a 2015. Além do projeto Conquest, outras
ações para a melhora operacional seguem em andamento, com foco no encurtamento
dos tempos de ciclo de produção, aumento da eficiência, otimização das unidades
fabris, além da redução de despesas e custos indiretos.
No mercado
brasileiro, entretanto, a demanda segue abaixo do nível normal, com retração de
41,9% nos negócios em relação ao primeiro semestre de 2015. A Marcopolo
produziu 2.757 unidades contra 4.966 no mesmo período de 2015. O segmento de
rodoviários segue sem perspectiva imediata de retomada. Já no segmento de
urbanos, a proximidade com as eleições municipais, os Jogos Olímpicos no Rio de
Janeiro, as licitações em andamento e repasses pontuais de tarifas em algumas
cidades do país, impulsionaram a demanda no segundo trimestre. No entanto, a
pressão de custos e a concorrência por preço estão afetando a rentabilidade
nesse segmento.
Com relação aos
resultados alcançados nas empresas controladas no exterior, a Marcopolo
registrou queda de 8,6% nas receitas dessas operações no primeiro semestre do
ano. Foram produzidas 704 unidades contra 1.201 no primeiro semestre de
2015.
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