Coluna 3116 - 05.08.2016 - edita@rnasser.com.br
Renault volta a ser
Renault e vai de SUV
Título resume aviso de Carlos Ghosn, brasileiro presidente da
aliança Renault-Nissan – à qual juntará a Mitsubishi. Veio ao país e fez
périplo familiar-executivo-institucional. Na prática, reverência à matriarca;
inspeção nas adequações na fábrica Renault em São José dos Pinhais, Pr; e ida
ao Rio de Janeiro para ser saudado como patrocinador dos Jogos Olímpicos.
Pulando a parte familiar onde o Kibe cru moído duas vezes,
alfavaca em lugar da hortelã, temperado com Zatar e Canela, variação local da
receita originária do norte do Líbano ocupa lugar de relevo; a obviedade das
fugazes reverências pelo importante aporte ao evento mundial, mais importante,
ao mercado nacional e compradores, Ghosn informou o foco da Renault: SUVs e
SAV, com Duster; o coreano Koleos, e dois lançamentos, o Captur e o Kwid,
sucessor do Clio.
Quem é Quem
Com este novo planejamento de produto, esperamos
conquistar uma parte significativa do crescente segmento de SUVs, com três
modelos de nossa família de SUVs a serem fabricados aqui, no Brasil. Nossa
confiança neste mercado está novamente confirmada, declarou em pequena entrevista.
Os SUVs, sempre mal
chamados de Jipinhos, são a demanda da vez, em grande ascensão nas vendas, e
complementarmente ao anúncio, Ghosn desvendou o segredo do Captur: de produção
nunca confirmada, vendas em seguida ao Kwid, previsto para início de 2017,
mesmo prazo para o Koleos, topo de linha dos utilitários esportivos Renault.
Coreano, produto em nova
versão, com novo traço de design
Renault, e é feito na fábrica de onde saíam os carros Samsung, como o Fluence.
De maior porte, 4,60m de comprimento, 2,70m entre eixos, deverá ter motor 2,5
litros e 175 cv.
O Captur é intermediário
entre o Kwid e o Duster, entretanto de projeto, construção e conteúdo
nitidamente mais refinados.
Quanto ao Kwid, já descrito pela Coluna, visa
superar o Sandero como mais vendido, por sua conformação, pela colocação
mercadológica como único SAV – utilitário esportivo sem opção de tração nas 4
rodas – no segmento, e pelo novo motor tri cilíndrico, visando ser o mais
potente da cilindrada.
Em
linguagem de balcão, é o fim do período de Dacialização, e a volta da marca
Renault. Há anos a empresa, para se salvar da queda de vendas, optou produzir
veículos de menor preço, no caso a linha Dacia. Começou com o Logan, derivou
Sandero, Duster e Oroch.
No encontro Ghosn garantiu o fluxo de investimentos e disse
inexistir novidades sobre gestão Nissan na Mitsubishi, de quem assumiu o
controle ao adquirir 34% das ações. Aguarda auditoria interna e análise de
órgãos governamentais sobre a aquisição e concentração.
Sprinter acelera na frente
Para manter
a liderança no importante segmento de Vans, a Mercedes-Benz fez implementação
estética, de conteúdo, meio de financiamento e de assistência técnica para o
Sprinter. Mudanças na parte frontal, mantendo a identificação visual com a
linha de automóveis as novas luzes frontais de posicionamento, ligam os faróis
baixos. Em complementaridade à segurança, ligação faz ligar o farol de neblina
do mesmo lado indicado pelo pisca.
Não é nova
linha, mas mudança estética e de composição, assinalando metade do ciclo do
modelo, com cronograma de mudanças quase em prazos de automóveis. Para ampliar
mercado e usos, dando especial atenção aos novos utilizadores de pequenos
negócios - pet shop, cabeleireiro, food trucks -, e à utilização em cidades por
conta da limitação de circulação de veículos grandes, empresa fez uma miscela
de habilidades e características, chegando a 40 versões. Pode mesclar potência
- motor é básico -, rodado posterior simples ou duplo, variando em função das
aplicações -, número de assentos, seu revestimento, teto alto, portas
corrediças em ambos os lados.
Há uma
preocupação de segurança e o conteúdo é bastante expressivo, agregando, além de
freios de disco nas quatro rodas, itens de auxílio eletrônico, tração e
estabilidade, e dentre tais cuidados realça o corretor de desvio de curso - o
comportamento perceptível em zonas com vento ou em ultrapassagens ou cruzamento
com veículos de maior massa.
Na
transmissão, em nome da economia e seguindo normatização norte-americana para
picapes e comerciais, a partida apenas é acionada se o pedal da embreagem
estiver pressionado. Transmissão é mecânica, com seis velocidades e comando no
painel. Novidade a se esperar é a automatização do câmbio, especial necessidade
para uso em cidades.Internamente
há cuidados de tendência automobilística em comandos, boa ergonomia. Espaços
para colocar itens pessoais. Garrafa d´água.
Na
composição do veículo, três distâncias entre eixos aplicáveis aos usos como Van
de transporte de passageiros, plataforma ou furgão.
Preços
entre R$ 102 mil para chassis curto a R$ 190 mil para Van para 20 passageiros,
e mudança na assistência técnica: revisões a cada 20 mil quilômetros com mão de
obra graciosa.
Toyotas Hilux e SW4
agora Flex
Para abrir o leque
de participação de sua marca no mercado de picapes e utilitários esportivos Toyota
desenvolveu versão flex sobre motor 2,7 litros, L4, 16 válvulas, únicas bi
combustíveis com transmissão automática de 6 velocidades. Mais, criou versão
especial do SW4, curta em equipamentos, cinco lugares, câmbio mecânico, tração
4x2, para frotistas.
Motor tem é Dual
VVT-I - aos não íntimos, mecanismo variador da abertura das válvulas de
admissão e escapamento. Segundo a Toyota, o VVT-I, novos desenhos da câmara de
combustão, redução de peso nos balancins e molas de válvulas permitiu economia
de 7% ante versão anterior. Flexibilização do motor gera 159 cv gasálcool, 163
cv álcool, e torque comum de 25 m-kgf.
Quanto custa
Modelo
|
Versão
|
Preço sugerido
R$
|
Hilux Flex 2017
|
SR A/T 4x2 Cabine Dupla
|
111.700
|
SRV A/T 4x2 Cabine Dupla
|
120.800
|
|
SRV A/T 4x4 Cabine Dupla
|
131.200
|
|
SW4 Flex 2017
|
SR A/T de 5 assentos
|
159.600
|
SR A/T de 7 assentos
|
164.900
|
Roda-a-Roda
Horizontalização
– Daimler, controladora da marca Mercedes-Benz, anunciou fazer outra fábrica na
Hungria, destinando US$ 1B à empreita. Nova planta adotará sistema flexível,
adotado na brasileira de Iracemápolis, permitindo fazer carros com tração
dianteira ou traseira.
Elétrico –
Produto transporta 26t, autonomia de 200 km, e solução centenária: motores
elétricos nas extremidades dos eixos de tração. Foco alternativo da empresa é a
energia elétrica.
Caminho -
Por sua marca Fuso, comemora 3ª geração do Canter E-cell, leve, autonomia
menor, 100 km. Direcionamento para caminhões urbanos está no fato de 70% da
população mundial estar nas cidades, demandando distribuição.
Acabou –
Ford Austrália encerrou, após 54 anos, produção de seu picape Falcon. Empresa
cessará atividade industrial no país. GM e Toyota também, e suprirão o mercado
com importados.
Local – Chegaram
à rede de revendedores os Land Rover Evoque montados em instalação da empresa
em Itatiaia, RJ. Quatro versões de decoração e conteúdo, motorização L4, 2,0
turbo, 240 cv e transmissão automática ZF com nove velocidades. Baixa
nacionalização e preço idêntico ao dos modelos importados.
Negócio –
Bancos PSA e Santander, aliados na Europa no processo de salvação da montadora,
estendem ação ao mercado brasileiro. Financiarão vendas fábrica a concessionárias
Peugeot, Citroën e DS; a clientes; e seguros.
Preferências – Mania de estatística nos EUA chega a duas
informações curiosas: mais furtados são Honda Accord e Civic, da década passada
– porque alguém surrupia carros com tão
baixo valor ? Mais multados, os proprietários de Lexus ES 300.
Graça – Nova campanha publicitária da Citroën faz graça
ao enfatizar economia, custo de manutenção de R$ 1/dia e apresentar pequena
moto quando, na verdade, os atributos se referem ao novo C3 com motor 1,2
PureTech. Ver o filme? Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=r16R2-J8JWA
Limbo –
Viação Itapemirim e outras empresas sob o comando do espírito-santense Camilo
Cola entraram com pedido de recuperação judicial em juízo de Vitória, ES.
Ex-maior empresa mundial como frota, a Itapemirim perdeu o viço, vem encolhendo
e enfrentando problemas.
Aditivo –
Sem maior atrativo para sua gasolina, ao contrário das concorrentes, Ipiranga
aplicou aditivo capaz de reduzir atritos entre peças móveis, em tese permitindo
maior durabilidade ao motor. Chama-a DT Clean.
Opções -
Das aditivadas nova química a nivela à Grid Petrobrás. V Power Nitro+ da
Shell/Raízen promove limpeza, impede formação de depósitos resultantes da
combustão, não oferece tal proteção.
Mercado – Raízen,
licenciada da marca Shell amplia presença no Triângulo Mineiro, aumentando a
20M litros capacidade de tancagem no terminal de Uberlândia. Também criou ponto
para distribuir combustível aeronáutico no aeroporto local.
Óbvio -
Supre omissão. Triângulo é dos maiores entroncamentos de transporte no país e
concentra grandes distribuidoras de mercadorias.
Limpeza – Ford
em campanha de peças e serviços com preços e atrativos promocionais buscando
trazer clientes de semi novos à rede revendedora, e de frota com até 10 anos –
há tempos cliente de oficinas particulares.
Mais – Venda
de peças originais a preços reduzidos também se aplica às oficinas. Iniciativa
parece ligada à mudança na presidência da empresa, em nome de estancar
prejuízos.
Salão –
Mais de 30 montadoras e importadoras confirmaram presença no Salão do
Automóvel. Atração confirmada, o GT-R 2017 da Nissan, à venda no país em
outubro em preço calculado em R$1M. Tracker revisto, Cruze hatch, Renaults Kwid, Captur, Koleos e outros atrativos.
Pré – GT-R
foi pré apresentado nas festividades dos Jogos Olímpicos. Nova frente, nova
grade, 582 cv pelo motor 3,8 litros V6, 24 válvulas, bi turbo. Ganho de 20 cv
graças a regulagens e temporização da ignição a cada cilindro.
Mais ? -
Nova área, 90 mil m2, pretende superar número de visitantes cristalizado em
torno de 750 mil. Crê-se, oferecer conforto como espaço e ar condicionado
sirvam de atrativo maior.
Desperdício
– Professor Eduardo Hadad, da Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo teve trabalho lembrado durante
reunião do Comitê Técnico de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, no
Ministério das Cidades.
Números – Estudo
diz, Brasil perde R$ 15,2B/ano, quase 3% do PIB, com a morosidade do
deslocamento casa/trabalho/casa por trabalhadores na capital paulista.
Fidelizar para ampliar clientela, o plano Toyota
Toyota e revendedores iniciaram projeto denominado Ciclo
Toyota, um programa de fidelização, pelo qual o cliente interessado em Etios ou
Corollas, adquire um destes modelos, com entrada de até 30% do valor,
financiando o restante por período entre 12 e 36 meses, deixando uma parcela
com valor máximo de 50%.
No contrato revendedores se comprometem a adquirir o
veículo usado por até 85% do preço da Tabela Fipe para carros usados, e este
valor quita a parcela final, com o troco servindo de entrada para o
financiamento de modelo O Km, fechando o Ciclo Toyota. Pode, também, manter a
posse do veículo financiando a prestação em vencimento, ou trocar por versão ou
modelo mais caro.
Projeto não é original, mas a variante se diferencia de
tentativas realizadas por marcas de veículos de maior preço, e fabricante e
distribuidores tem mais chances de implantar o mecanismo comercial. Há, ainda,
diferencial positivo, o preço do Etios. Revisto em características,
implementado em confortos, como a melhor vedação acústica, de apelo ampliado
pela nova versão Platinum, marcada por decoração, possibilidade de revestimento
em couro e plástico, rodas leves em aro 15”.
No Ciclo Toyota, para aplicação dos 85% da tabela Fipe, o
veículo deve ser submetido a regras contratuais, como fazer todas as revisões
na rede autorizada, e ter rodado, no máximo, 15 mil km/ano.
Interessado ? www.toyota.com.br
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