AMG faz 50 anos e vira marca
Em junho Mercedes-Benz comemorou 50 anos de criação da AMG, e ampliar
seu portfólio no Brasil.
AMG
Nasceu da insatisfação de Hans-Werner Aufrecht e Ehrard Melcher,
engenheiros da empresa, responsáveis pela preparação do motor 300 SE – L6, 3,0
litros, injetado – para corridas.
Com a decisão da Mercedes em deixar a
atividade esportiva, saíram da empresa e iniciaram melhorar carros da marca
para clientes. Fizeram efeito demonstração como maior sedã da marca á época, o
300 SEL, motor V8, 6,9 l, dele arrancando tropa insólita para a época: 428
cavalos de estamina e grande resistência. Alinhou-o nas 24 Horas de
Spa-Francorchamp, vencendo na categoria e fazendo surpreendente 2o
lugar na classificação geral. Quebrou um paradigma: carro grande podia ter
resultados esportivos.
Em 1980 com apoio da Mampe, produtora de bebidas servidos nos voos da
Lufthansa, preparou outra inadequação, o grande cupê modelo 450 SLC fazendo-o
vencer as 6 Horas de Nürburgring. Duas proezas: pelo regulamento,
empregava a transmissão original, automática de 3 marchas. Efeito secundário,
divulgou mundialmente as rodas BBS em liga leve. Deram um salto nos negócios,
pois proprietários de cupê de 4 lugares descobriram poder obter mais
performance ao automóvel. Os sempre sóbrios Mercedes tinham, enfim,
personalizadores.
Bem tocaram-na até 1990, quando assinou com MB contrato para desenvolver
propostas esportivas. Mercedes entendeu como o negócio poderia implementar suas
vendas, tornou-se sócia em 1999, absorvendo-a em 2005.
A soma de saber superlativo com estrutura industrial e comercial deu
grande salto numérico. O AMG C 36, construído sob a menor plataforma de sedã da
marca, teve 5.000 unidades construídas, transformando-a em unidade com escala e
processos industriais. Grande ascensão é recente, no processo interno da
Mercedes-Benz rejuvenescer a marca com produtos de agrado a público de menos
idade, e isto incluiu fomentar todos os segmentos: desde criar nova família de
entrada, a A, até procurar conseguir melhores resultados numéricos
com a divisão especial. Daí a grande demonstração de capacidade técnica ao
construir Mercedes-Benz SLS AMG, primeiro esportivo não derivado dos produtos
de série, mas impecável esportivo ligado ao passado, pelos largos vincos no
capô e as portas de abertura vertical, para bem lembrar o icônico 300 Gull Wing
da metade final dos anos ’50.
A aceleração de demanda – ao comemorar 49 anos marcou 100 mil veículos
desenvolvidos pela AMG -, levou a outras decisões: torná-la companhia
independente e construir seu primeiro produto, o AMG GT.
Amplitude
Não se restringe à construção ou desenvolvimento de esportivos. Sua
tecnologia permeia por todos os produtos, dos A, aos utilitários esportivos G,
e se caracteriza por detalhes personalistas – desde opção de potência dos motores
até material para o estofamento, cor da pintura. Tudo é possível dentro da
técnica e da capacidade bancária do cliente. Mudar uma cor para outra,
personalizada, especial, pode custar 50 mil euros – uns R$ 180 mil...
Característica de todos os produtos, a esportividade honesta,
dimensionada à performance adicional; motores longevos; itens de charme como a
montagem por engenheiro, assinando plaqueta no cabeçote. O desenvolvimento dos
motores obtendo grande quantidade de cavalos por litro de cilindrada permitiu à
marca reduzir a cilindrada, peso e tamanho, situando o topo de maior fluxo
comercial nos V8 de 4 litros, dois turbos, injeção direta, dele retirando
atuais 612 cv dispostos e longevos.
O leque
São quinze as versões AMG sobre toda a linha de produtos – incluindo até
o comercial Vito .... Todos os 28 revendedores de automóveis Mercedes podem
encomendá-los, mas há 12 com área de dedicação exclusiva, vendedores treinados,
contando com estoque de fábrica. Para atender vontades específicas – cor ou
estofamento especiais – encomenda toma 180 dias.
Pico da linha, o AMG GT R extrai 585 cv e 700 Nm de torque do V8 4,0, e
oferece opção conversível, o GTC C Roadster, com menor disposição em seus 557
cv e 680 Nm de torque, ambos com transmissão automática de 7 marchas. Preços de
caráter imobiliário: R$ 1.065 mil e R$ 1.200 mil.
Peugeot mostra picape. Daqui será diferente
Indústria automobilística percebeu, países em desenvolvimento consomem
picapes e utilitários esportivos – e seus clones -, em quantidade industrial e
corre a ocupar tal nicho. Talvez consequência da centenária disputa interna
francesa, ante a decisão da Renault em ter picape, no caso versão do Frontier
de sua aliançada Nissan, Peugeot acelerou e copiou o processo: com seu
sócio chinês clonou o Dong Feng Rich chamando-o Peugeot Pick Up.
Conformação adequada à simplicidade do projeto e exigências de clientes:
motor diesel, L4, 2,5 litros, modestos 115 cv de potência, minguados 280 Nm de
torque, caixa mecânica com 5 velocidades, tração nas duas e quatro rodas, marcha
reduzida, capacidade de carga de 815 kg, cabine dupla. Para trabalho, sem apelo
visual.
Lançamento em setembro, destino certo, Nigéria, no continente africano,
em processo de internacionalização da marca. Lá, base para se espraiar, Peugeot
já montou modelos Camionnette-Bâchée da família 403 de 1956; 404, de 1967; e após
504 Pick-up até 2005.
Aqui
Não virá para a América do Sul, diz Fabricio Biondo, Vice Presidente América
Latina da PSA para Comunicação, Relações Externas e Digital. Aqui, Coluna informou
com antecipação, haverá picape Peugeot, mas nada a ver com a solução de
urgência franco-chinesa. Mesmo executivo diz indefinido o local para fabricação
- Palomar na Argentina, Porto Real no Brasil, ou montagem no Uruguai, como
inaugurou processo para os veículos de carga Peugeot Boxer e Citroën Jumper. Há
espaço ocioso nas duas primeiras e rapidez para a última.
Certo é, para competir com Toyota Hi Lux, Mitsubishi, Ford Ranger,
Chevrolet, Nissan Frontier, VW Amarok e chegantes Renault Alaskan e Mercedes-Benz
Classe X, deverá ter estímulo visual e melhor conteúdo. Não é o caso do chinês.
Mostrei as fotos do Dong Feng Rich/Peugeot Pick Up a vizinho de cerca, colega
de ITR, homem experiente, do interior do Goiás, e ouvi opinião sintética: Mais
feio que bater ni mãe - no Dia das Mães...
Roda-a-Roda
Surpresa – Aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi com chances
de liderar produção de veículos em 2017, antecipando plano para 2018. Neste ano
líder Volkswagen cresceu apenas 1%, segunda colocada Toyota, 6%, e a Aliança
8%.
Fora – GM, ex líder e hoje em 4a posição, deve cair até
o final do ano em seu processo de contração vendeu marcas Opel, Alemanha;
Vauxhall, Inglaterra; fechou operações na Austrália, África do Sul e Índia.
Sugestão – Deveria mudar de nome. Entrou General da crise de 2009,
e salva pelo governo Obama saiu bem menor. Agora cortando atividades
internacionais descerá na escala de patente. Talvez seja Capitão ou Tenente
Motors...
De volta – Japonesa Mazda voltou a pesquisar o motor Wankel.
Pistões e anéis em forma de triângulo com pastilhas vedadoras nas extremidades,
ao eliminar o movimento alternativo obtém elevada potência específica. São
ideais para o futuro – mais econômicos, performáticos, menores e mais leves.
Questão – Foi experimentado no NSU RO80, antes de ser absorvido
pela Volkswagen, e recentemente pela Mazda. Problema recorrente era estabilizar
o alternado padrão de durabilidade. Aparentemente japoneses creem ter solução.
Começo – Pré inscrição à compra do primeiro lote do novo Peugeot
3008 acabou em tempo recorde. Modelo novo, desenho inspirado em utilitário
esportivo, faz sucesso no resto do mundo. Nova cor, Metallic Cooper, preferida.
Dilma – Idem na abertura de lista ao Renault Kwid, superando meta
inicial. Empresa não informa qual era, mas diz tê-la ultrapassado.
Ex-presidente Dilma foi-se sem saudades, mas deixou exemplo. Lançamento 02
agosto.
Caminho – Levar carros aos consumidores, fazendo apresentação e
testes coletivos, foi caminho muito praticado a partir dos anos ’20 pelas
marcas intentando apresentar o bicho automóvel a insuspeitados clientes no
interior do país. Eram os Road-Shows.
Antigo – Nos anos ’60 Simca repetiu a proposta formando frotas,
circulando nas estradas, tomando as praças das cidades do interior, vendendo
veículos.
De novo – Audi aviará a fórmula: em caminhão-cegonha personalizado
levará seus esportivos não disponíveis nos salões dos revendedores a clientes
da marca e possíveis compradores conhecer dinamismo e capacidades de R8 Coupé
V10, RS6 e RS7.
Mais - TTS, RS Q3 e RS 3 Sportback incluídos no rol. Périplo
pelas 28 revendas da marca no país. Afim ? veja data com o
revendedor mais próximo.
Multi – Operação mexicana da MAN Latin America, baseada no Brasil
montou o 5.000o ônibus com partes brasileiras.
Questão – Findo o Salón de Buenos Aires, questões
comuns: número impreciso de visitantes – dizem acima de 500 mil; preços
disparatados – m2 expositivo em valor superior ao Salão de Paris; aos
importadores mais caro; muitas marcas ausentes por custos elevados.
Mais – Fabricantes em grandes espaços nos galpões principais, e
importadores em áreas secundárias. Consequência? Cidoa,
associação dos importadores, estuda fazer seu próprio salón.
Bússola – Deputados da Comissão e Transportes da Câmara dos
Deputados aprovaram Projeto de Lei 3404/15 do deputado Moses Rodrigues,
(PMDB/CE) sobre a volta da obrigatoriedade do uso de extintor de incêndio ABC
em veículos.
Caminho – Não apresentou estudos técnicos, mas apenas estranhamento
pela dispensa traçada pelo Denatran, calçada pela desnecessidade do equipamento
ante os novos sistemas de ignição e injeção de combustível. Ainda passará pela
Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a Plenário.
Passado – Neste pedaço da história da República algumas decisões da
Câmara sugerem estar os proponentes distantes do momento, da realidade, como se
dançassem no último baile da Ilha Fiscal. Quer influenciar o julgamento
e abortar esta insanidade? Está na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania. Escreva ao presidente: dep.rodrigopacheco@camara.leg.br
Magrelas – Michelin inicia importar pneus para bicicletas montain
bikes aplicadas a Cross Country e All Mountain. Opções especializadas,
com foco em aderência e durabilidade. Aros 26, 27,5, e 29”. Preços entre R$ 160
e R$ 250.
Top – Ducati apresentou no Bike Fest Tiradentes, modelo
Multistrada 1200 Sport, com partes em alumínio forjado, fibra de carbono e
escapamento Termignoni. Afinação mecânica, eletrônica, e apuro em sua marca
registrada, o comando desmodrômico de válvulas. R$ 74 mil.
Diversão – Após segundo filme sobre Enzo Ferrari, um sobre
Ferrucio Lamborghini, o ex cliente transformado em concorrente da Ferrari.
Tonino, seu filho, autor da melhor biografia sobre o pai, acertou a produção de
filme sobre o rebelde industrial. Vida rica em histórias.
Reflexo – Consequência da operação Lava Jato, algumas empresas de
engenharia sediadas na Bahia, então contratadas pela processada Odebrecht,
ficaram sem obras. Corte no fluxo de caixa força diretores a vender frotas de
antigos formada nos tempos pré-processuais. Bons preços.
Restauração – Proprietários de Simca reclamam do tempo e custos de
restauração à feição original. Deveriam mirar no exemplo do governo francês:
para refazer seu o jardim de seu Chambord gastou 14 anos entre pesquisas e
intervenções e 3,5M Euros – quase R$ 14M. Inspirador do Simca, palácio de caça
no vale do rio Loire, jardim, de 1684, 6.000 m2; gramado 16.000 m2.
Argo 1,0 e 1,3: Fiat abre o leque
Fiat ampliou o número de versões do recém lançado Argo, com motor 1,3 de
quatro cilindros e 1,0, de três. Era previsível ante a missão do novo produto,
utilizar sua novidade de formulação e estilo para recuperar vendas, em especial
nos segmentos de maior preferência. Coisa bem direcionada, pois a faixa de
compradores com motores ditos mil voltou a crescer nas vendas,
e a versão 1,0 supera os concorrentes.
Ambos são boa combinação de automóvel de projeto recente, estilo
marcante, construção cuidada, exibindo subir de patamar em confortos, cuidados
encontráveis em faixas superiores de preço, como a boa vedação termo acústica,
além de utilizar motores de última geração. Com ambos o foco é disputar com os
líderes de mercado, o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20.
Como item de modernidade e de adequação Fiat colocou a potência como
segunda opção e privilegiou obter maior torque, medida mais exigida no tráfego
urbano, onde os carros com motor 1,0 são mais utilizados. Comparando com os
plotados Onix LT e HB20, os motores Fiat oferecem medida superior em torque
tanto com uso de etanol quanto de gasolina, 10,9/10,4 Nm, com 80% disponível a
2.500 rpm. Isto favorece a disposição e resultados superiores aos concorrentes
e nas avaliações ante parâmetros do Inmetro: notas AA em consumo.
Preço sugerido para o 1,0, R$ 46,800, inferior ao Onix LT, levemente
acima de HB20. Expectativa da marca é concentrar nos clientes nesta versão,
tornando-a a mais vendida. O 1,3 está 15% acima: R$ 54.000.
O Argo se caracteriza por ser bem completo desde a versão básica, e o
opcional de central multimídia com tela de 7”, destacada do painel como nos
Mercedes-Benz custa R$ 1.990. Transmissões mecânica com 5 marchas como padrão e
o automatizador GSR para a versão 1,3.